domingo, 23 de janeiro de 2011

Nada me convence. Tudo desfalece.

Em quantas circunstancias quisera morrer? E matar? Mas sem acordar.
Meus filhos são uma úlcera e uma arma. Entre eles: a raiva.

Sem dor, sem pena, sem moral, sem ajuda, sem rumo. Quem ronca... dorme... descansa... destrói.

Queria dizer. Mas sozinha? Como dizer? A parte fria da solidão.

Eu o aguento, arqueando minhas costas, pois pesa. Mas o levo... em meus pinos... estrutura para carregar. Pesa.

Quem sabe correr agora? Quem sabe voar? Quem sabe ouvir?

Meu carnaval está nos livros. O sol nas flores de plástico. A raiva na garganta.

Meu corpo é pequeno.

Não me suporto em meu corpo. Não há mais espaço dentro dele...
Não há graça em viver para morrer. Qual a diferença disso para "trabalhar para viver"? Isso é triste.

O distante... há mais dentro de mim, que quer expandir, explodir.

O horizonte... Na vertical não notarão, são pequenos para os que expandem... os grandes.

A liberdade... Uma palavra. Um clichê. Título? Ponto? Contas? Números? Compras? Rua sem saída, para alguns... Rua infinita, com mil ruas paralelas, milhares de viajantes e andarilhos...

Minha alma quer ir, seguir essa rua infinita, com pés descalsos, esquecer os sapatos... ela quer ir, dançar, flutuar... e ela vai. Sem sonhos. Eles nos prendem, queria fogo, uma fogueira... e nela queimar meus sonhos, assassiná-los, estar livre deles...

Medíocre, mesquinho, formal, moral, fresco, individual, grosseiro. Palavras, também palavras. mas estas me fazem ter vontade de não levantar ao amanhecer. Mas acordo. Isso não faz efeito. Mais uma no mundo. E me vou. E me vou...