Tenho uma amiga de infância, crescemos juntas e até a adolescencia passamos parte do tempo de nossos dias juntas. Ela era minha vizinha, e quando tinha cerca de 17 anos mudou-se para outro bairro. Desta forma, víamos menos vezes, mas não perdemos o contato, já que seu local trabalho fica próximo a locais muito acessíveis. Ela, quando pequena, não era o padrão de estética, isto é, ela era gordinha. Era tímida, falava pouco, retraída e deixava que nós (crianças malvadas) enganássemos ela. Simplesmente saia chorando, enquanto nós, autoritárias que erámos, apenas continuávamos a brincadeira. Não sei se foi isso que afetou a sua auto-estima. A partir da sua adolescência ela mudou drasticamente. Emagreceu, mudou a forma de vestir, de andar, de falar, trocou de amizades. Tudo isso muito rápido.
Bem, estes dias, percebi que alguém me mirava no ônibus. Olhei. Vi um rosto familiar que sorria. Sorri também, mas ainda não a reconheci. Cabelos longos e negros, sombrancelha falsa, seios descomunais saltando e apertados para aquela blusa tão justa, uma barriga tão magrinha, e por baixo de muita maquiagem. Um banco vago ao meu lado fez com que ela sentasse perto de mim. E eu atrapalhada, não sabia como reagir: "Quem é ela? Será que ela me confunde com alguém?". Estava longe de resolver estas questões.
- Oiiiiiiiii, Sil! Quanto tempo né, amiga? Como tá? Que tá fazendo? - disse ela.
Reconheci a voz. Era ela. "Como pode ter mudado tanto?" pensei eu. Espero ter disfarçado meu espanto, em todo o caso, eu estava espantada!
- Tu não me reconhece? - disse.
- Claro que sim! - respondi - mas tu mudou muito!
Então ela começou a me contar, desesperadamente, todas as intervenções que tinha feito em seu corpo: tintura e aumento do cabelo, lipo, silicone, cirurgia no nariz, a tal sombrancelha, o queixo... enfim, milhares de mudanças permearam a sua vida. Eram tantas coisas que eu desci do ônibus sem dizer o que estava fazendo, e acho sinceramente que não lhe interessaria.
Ela estava muito mudada, e era visível sua insatisfação perante o próprio corpo.
A partir deste reencontro, refleti muito acerca da própria aceitação, e definitivamente não entendo como alguém pode ter gosto por ser alguém que não o é!
Nossa sociedade é repressora quanto a padrões estéticos e comportamentais, e quem cai nesta rede é peixe para cirurgiões-empresários enriquecerem.
De qualquer forma é importante aceitar-se, e desligar-se do deslumbramento que traz a mídia, para, quem sabe assim, encontrar-se e não ter vergonha do que éramos no passado, sendo este tão essencial para o que somos hoje!
Era isso...
Bah e quem não conhece uma "amiga" de um caso assim? Eu tenho pelo menos 3 conhecidas haha A mais plastificada fez duas cirurgias no nariz, lipo, silicone, e agora quer visibilidade, por isso as tais roupas e tudo o mais... Acho que é uma msitura mesmo das brincadeiras da infância, o apelo estético midiático e a ~cada vez mais atuação sensação q a mídia tbm joga nas pessoas de que só existe quem é visto, quem está em destaque, fora q a mulher sempre é objeto de prazer, mesmo visual, e então busca alcançar o que acha q as pessoas esperam!! É FODA! Não acho q é julgar alguém que faz as mudanças, mas como tudo tem uma motivação, o dito bem-estar é uma projeção de alguma coisa... minha projeção de bem-estar tá no fogão e na geladeira me esperando hohohoh tá também me sinto bem na companhia de vocês, amiguins haha
ResponderExcluirFalou tudis!!
ResponderExcluirbah me apresenta essa amiga hhahahhahahha brinks
ResponderExcluiracho q o 1º comentario resume bem, tds queremos d alguma forma algo diferente, ser mais magro mais alto, mas o q realmente importa eh ser feliz na compania de bons amigos